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Publicado em: 23 Janeiro 2019

Espaço Alumni | Hugo Mendes

Alumnu do ISCAP, a escola de Ciências Empresariais do Politécnico do Porto, Hugo Mendes foi recentemente nomeado Senador na Assembleia Magna do WBAF

Hugo Mendes, diretor financeiro do grupo Macauto, foi recentemente nomeado representante de Portugal na Assembleia do World Business Angels Investment Forum (WBFA), onde representará o país no Comité Internacional Financeiro na Assembleia Magna, uma organização internacional comprometida a colaborar globalmente para capacitar o desenvolvimento económico global, criando novos instrumentos financeiros para inovadores, start-ups, e pequenas e médias empresas. Significa isto que Hugo passa a ser porta-voz português, conectando todo o ecossistema empresarial em volta dos 55 países já representados no WBAF.

Contabilista certificado pela ordem, investidor e empreendedor, fundou uma consultora que visa apoiar o investimento estrangeiro em Portugal e é investidor regular em áreas diversas. Anteriormente, dirigiu os departamentos financeiros da Ásia dos grupos Vivarte em Hong Kong e Décathlon em Xangai.

É um curriculum impressionante mas todas as histórias tem um começo. No caso de Hugo Mendes, começou no Instituto de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP), onde se formou em Contabilidade e Administração. Para Hugo, o ISCAP transmitiu-lhe valores fundamentais para "ser um melhor profissional", destacando orientações universais como a "perseverança, trabalho e humildade".

Recorda com carinho os anos de curso onde foi dirigente associativo, momento em que colaborou na organização vários eventos importantes. Mas enfatiza com um ironia as noites inteiras a estudar antes dos exames: "Nunca vou esquecer!"

Para os futuros licenciados aconselha a: "Ler, ser curioso, não ter medo de arriscar enquanto se é jovem. Ser resiliente e continuar sempre focado nos seus objetivos de vida e de carreira", sendo que os anos de academia podem ser anos fundadores "de um grande projeto de construção".

Adverte para o risco do chamado pensamento binário ou do "síndroma do contabilista", balizado por aqueles "que pensam crédito versus débito". Para Hugo é fundamental ter, num mercado de trabalho contemporâneo, "flexibilidade e abertura de espírito, sobretudo em contexto internacional". Acrescenta que a adoção de um espírito crítico, aprender a ser um parceiro de negócio e ter mente aberta são respostas eficazes para o ecossistema empresarial.

Se avalia a formação atual como impermeável aos desafios contemporâneos em que "a sala de aulas pouco mudou nos últimos 50 anos, ao contrário de tudo o resto" considera que, comparativamente, formamos melhores profissionais do que muito outros países" consequência de uma certa predisposição, "talvez no nosso ADN, que é a abertura para o desconhecido, para os outros e para o mundo".

Vive atualmente em Portugal, mas enfatiza a experiência internacional como fundamental e um contributo único para adquirir uma visão global do mercado. "Viver e trabalhar fora do país amplia sempre os nossos horizontes, sobretudo quando falamos de países culturalmente muito distintos do nosso, como no caso da China. Trabalhar vários mercados mundiais, especialmente o asiático durante todo este tempo, foi uma experiência inesquecível. A escala é muito diferente da nossa, os volumes são de outra dimensão." E assevera que esta é uma região incontornável no mundo dos negócios atuais, "a região com o maior crescimento económico" e seguramente a "região do futuro".

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